Dilúvio em outros povos
Austrália: Existe uma lenda de um dilúvio
chamado Dreamtime inundação. Riding sobre este dilúvio foi a woramba, ou
o Gumana Ark. Nesta arca foi Noé, aborígenes, e vários animais. Esta
arca pousou na planície de Djilinbadu onde ele ainda pode ser
encontrado. Eles afirmam que a história do homem branco sobre a arca
repousando no Médio Oriente é uma mentira que foi iniciada para manter
os aborígenes na subserviência. Esta lenda é, sem dúvida, o produto das
lendas aborígenes fusão com os missionários de visitar, e lá não parece
ser todas as histórias cheias nativo da Austrália.
Grécia: A mitlogia grega relata a história
de um grande dilúvio produzido por Poseidon, que por ordem de Zeus havia
decidido pôr fim à existência humana, uma vez que estes haviam aceitado
o fogo roubado por Prometeu do Monte Olimpo. Deucalião e sua esposa
Pirra foram os únicos sobreviventes. Prometeu disse a seu filho
Deucalião que construísse uma arca e nela introduzisse uma casal de cada
animal, de forma análoga à Arca de Noé. Assim estes sobreviveram.
Ao terminar o dilúvio, a arca de Deucalião pousou sobre o Monte
Parnaso, onde estava o Oráculo de Temis. Deucalião e Pirra entraram no
templo, para que o oráculo lhes dissesse o que deviam fazer para voltar a
povoar a Terra, e a deusa somente lhes disse:”Voltem aos ossos de suas
mães” Deucalião e sua mulher adivinharam que o oráculo se referia às
rochas.Destas formas, as pedras tocadas por Deucalião se converteram em
homens, e as tocadas por Pirra em ninfas ou deusas menores, por que
ainda não se havia criado a mulher.
México: Os nativos de Toltec tinham uma
lenda dizendo que a criação original tinha durado 1716 anos, e foi
destruída por um Dilúvio, onde somente uma família sobreviveu.
Astecas: Eles contavam que um homem chamado
Tapi, que era piedoso, foi avisado pelo criador que ele deveria
construir uma arca. Ele foi instruido a levar sua esposa, um par de cada
animal que estava vivo para sua Arca. Naturalmente todos pensaram que
ele estava louco. Mas, começou a chover e veio o Dilúvio. Os homens e
animais tentaram escalar as montanhas, mas as montanhas foram inundadas
também. Finalmente a chuva parou. Tapi soltou uma pomba e ela não
retornou. No manuscrito asteca denominado como Código borgia, há a
história do mundo dividido em idades, das quais a última terminou com um
grande dilúvio produzido pela deusa Chalchihuitlicue.
Estados Unidos: Há muitas lendas entre as
tribos indígenas. Segundo a tribo Ojibwe que tem vivido no Minnesota
desde 1400, houve um tempo em que a harmoniosa maneira de viver cessou.
Homens e mulheres começaram a se desrespeitar, famílias e tribos
começaram a brigar entre si. Isto entristeceu Gitchie Manido (o
Criador), mas ele esperou. Quando parecia não haver mais esperança, o
Criador decidiu purificar a Mãe Terra através do uso da água. As águas
vieram, inundaram a terra e pegaram todos de surpresa. Somente poucos
seres viventes sobreviveram. Waynaboozhoo sobreviveu agarrado à um
tronco de madeira (flutuando) juntamente com outros animais.
Índios Delaware: Na época primitiva, o
mundo vivia em paz, mas um espírito do mal entrou e causou uma grande
inundação. A terra foi submersa. A poucas pessoas se refugiaram nas
costas de uma tartaruga, tão velho que sua concha havia recolhido o
musgo. Um mergulhão voou sobre suas cabeças e orou foi a mergulhar sob a
água e levar até a terra. É encontrado apenas um mar sem fundo. Então, o
pássaro voou para longe, voltou com uma pequena porção de terra em sua
conta, e orientou a tartaruga para um lugar onde havia uma mancha de
terra seca.
Dilúvio Inca: Na mitologia dos incas,
Viracocha destruiu os gigantes com uma grande inundação, e duas pessoas
repovoaram a Terra (Manco Capac e Mama Ocllo mais dois irmãos que
sobreviveram. A religião é um forte elo entre as várias culturas
andinas, sejam elas pré-incaicas ou incas. A imposição do Deus Sol é um
forte elemento da crença e dominação através do mental, ou seja, daquilo
que permanece impregnado por gerações nas concepções e mentalidades
destas culturas, adorando o Deus imposto e entendendo ser ele o mais
importante. Pedro Sarmiento de Gamboa, cronista espanhol do século XVI,
relata como os Incas narravam sua criação e as lendas que eram passadas
através da oralidade de geração em geração, desde o surgimento de
Viracocha e seus ensinamentos, procurando definir um homem que o
venerasse e fosse pregador de seus conhecimentos. Em algumas tentativas
de criar este homem, Viracocha acaba punindo-o com um grande dilúvio
pela não obediência como comenta Gamboa(2001),:
Mas como entre ellos
naciesen vicios de soberbia y codicia, traspasaron el precepto del
Viracocha Pachayachachi ,que cayendo por esta trasgresión en la
indignación suya, los confundió y maldijo. Y luego fueron unos
convertidos en piedras y otros en formas, a otros trago la tierra y
otros el mar,y sobre todo les envió un diluvio general, al cual llaman
uñu pachacuti , que quiere decir “agua que trastornó la tierra”. Y dicen
que llovió sesenta días y sesenta noches, y que se anegó todo lo
creado, y que solo quedaron algunas señales de los que se convierteron
en piedras para memoria del hecho y para ejemplo a los venideros en los
edificios de pucara que es sesenta leguas del Cuzco. (p. 40)
A narração do dilúvio está presente entre muitos povos e culturas por
todo o mundo. O início de tudo, ou seja, a criação, é um fator muito
importante para estabelecer relações e explicações sobre o que não se
conhece e o que não foi vivido. Assim, os mitos e lendas buscam criar
uma ancestralidade, um ponto em comum que defina a origem e o começo do
cosmos e tudo existente nele, ou seja, o conhecer de si mesmo, do
próprio homem inserido na natureza, buscando sua sobrevivência e
continuidade de sua existência e a harmonia com os elementos naturais e
sobrenaturais.
Groelândia: A terra foi virada e todos os homens morreram afogados, exceto um homem e uma mulher que repopularam a terra.
Egito: Os egípcios tinham uma lenda de que
os deuses certa vez purificaram a terra com um grande Dilúvio. Apenas
uns poucos pastores escaparam.
Inglaterra: Os druídas tinham uma lenda que
o mundo tinha sido repopulado através de um justo patriarca que tinha
sido salvo de um Dilúvio numa Arca. O Dilúvio foi enviado para destruir o
homem por causa de sua iniquidade.
Polinésia: Eles tinham estórias do dilúvio em que 8 pessoas tinham sido salvas.
Ilhas Fiji: Os habitantes de Fiji contam que no Dilúvio só se salvaram 8 pessoas.
Perú: Os peruanos dizem que um homem e uma mulher se salvaram num caixão que ficou flutuando nas águas da inundação.
Uro: O povo uro (ou uru), que habita
próximo ao Lago Titicaca, crê numa lenda que diz que depois do dilúvio
universal, foi neste lago onde se viram os primeiros raios do Sol.
Maia: A mitologia do povo maia relata a existência de um dilúvio enviado pelo deus Huracán.
Segundo o Popol Vuh, livro que reúne relatos históricos e mitológicos
do grupo étnico maia-quiché, os deuses, após terminarem a criação do
mundo, da natureza e dos seres vivos, decidiram criar seres capazes de
lhes exaltar e servir. São criados então os primeiros seres humanos,
moldados em barro. Porém, esses seres de barro não eram resistentes ao
clima e à chuva e logo se desfizeram em lama.
Então, os deuses criaram o segundo tipo de seres humanos, à partir de
madeira. Essa segunda humanidade, ao contrário da primeira, prosperou e
rapidamente se multiplicou em muitos povos e cidades (tudo indica que é
nessa época da segunda humanidade que se passam as aventuras dos gêmeos
heróis Hunahpú e Ixbalanqué contra os senhores de Xibalba). Mas esses
seres feitos de madeira não agradaram aos deuses. Eles eram secos, não
temiam aos deuses e não tinham sangue. Se tornaram arrogantes e não
praticavam sacrifícios aos seus criadores. Então, os deuses decidem
exterminar essa segunda humanidade através de um
dilúvio. Ao contrário da maioria dos outros relatos conhecidos sobre dilúvios, nenhum indivíduo foi poupado.
Após a catástrofe, a matéria prima utilizada para moldar os novos
seres humanos foi o milho. Foram criados quatro casais, que são
considerados os oito primeiros índios quiché. Eles deram origem às três
famílias fundadoras da Guatemala, pois um dos casais não deixou
descendência.
Caldeus: O deus Chronos advertiu Xisuthrus
de uma inundação que viria e disse-lhe para construir um barco. O barco
estava a cinco estádios por dois estádios. Deveria entrar no barco sua
família, amigos e dois de cada animal (macho e fêmea). Veio o dilúvio.
Quando as águas começaram a baixar, ele soltou algumas aves. Elas
voltaram e ele percebeu que tinha lama em seus pés. Ele tentou novamente
e obteve os mesmos resultados. Quando tentou pela terceira vez, as aves
não retornaram. Assumindo que a água tinha secado as pessoas saíram do
barco e ofereceu sacrifícios aos deuses.
Pascuenses: A tradição do povo da Ilha de
Páscoa diz que seus ancestrais chegaram à ilha escapando da inundação de
um mítico continente, ou ilha, chamado Hiva.
Mapuche: Nas tradições do povo Mapuche
igualmente existe uma lenda sobre uma inundação do lugar deste povo (ou
do planeta). A lenda se refere à história das serpentes, chamadas Tentem
Vilu e Caicai Vilu.
O DESAPARECIMENTO DE ATLANTIDA: Alguns alegam que o
Dilúvio foi a causa do desaparecimento de um grande continente que foi
engolido pelas águas. No caso nos vem a mente Atlântida, outros
referem-se a Lemúria (Império Mu), que é anterior aos atlantes. De
qualquer forma parece que todos os povos falam da fatalidade da
humanidade com o elemento água.